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Ao longo da História, a Humanidade já passou por várias epidemias e pandemias que foram responsáveis pelas perdas de milhares de vidas. Nos últimos dois séculos, várias doenças foram sendo conhecidas e estudadas e foram sendo criadas vacinas que contribuíram para a completa erradicação de algumas delas, como é o caso da poliomielite e da varíola, por exemplo.
A peste bubónica, ou a Peste Negra, causada por uma bactéria transmitida pela picada de pulga, matou milhões de Europeus na Idade Média; a cólera, uma doença bacteriana infeciosa intestinal aguda, já registou várias ondas pandémicas desde o século XIX, sendo uma das mais mortíferas nos países subdesenvolvidos; a Gripe Espanhola, em 1918, infetou, entre 1918 e 1920, cerca de 500 milhões de pessoas, o equivalente a um terço da população mundial à época, tendo sido uma das epidemias mais mortais.
A febre tifóide, cujo patogenio foi descoberto no final do século XIX, já no ano 430 antes de Cristo tinha sido responsável pela morte de um terço da população da cidade de Atenas, segundo alguns investigadores. Em 2015 registaram-se 12,5 milhões de casos de febre tifóide em todo o mundo, mas desde 1940 que a doença tem vindo a diminuir significativamente, graças à vacina, descoberta no início do século XX. Hoje, a febre tifóide é considerada uma condição rara entre os países desenvolvidos, com uma taxa de incidência de aproximadamente cinco casos, por milhão, por ano.
Se é certo que o organismo humano está apetrechado com os meios para combater a maior parte das doenças, há outras que, sem a ajuda de medicamentos adequados ou de uma vacina, não têm cura, sendo na maior parte dos casos, fatais.
A imunização é uma história de sucesso de saúde e de desenvolvimento global, salvando milhões de vidas todos os anos. Isto porque as vacinas reduzem os riscos de contrair uma doença, trabalhando com as defesas naturais do organismo para criar uma proteção eficaz.
Atualmente, existem vacinas para prevenir mais de 20 doenças fatais, ajudando pessoas de todas as idades e em todo o mundo a viver mais e com mais saúde. A imunização atualmente previne 2-3 milhões de mortes todos os anos por doenças como difteria, tétano, tosse convulsa, gripe e sarampo sendo, por isso, uma componente fundamental dos cuidados primários de saúde e um direito humano indiscutível.
Importa salientar que desde 2000, a vacina contra o sarampo salvou mais de 21 milhões de vidas em todo o mundo. Naquele mesmo ano, os EUA eliminaram o sarampo graças ao alcance nacional de vacinas. Também graças aos esforços de vacinação, o número de casos de poliomielite caiu de 350.000 por ano para apenas cerca de 30 casos. O rotavírus é a causa mais comum de diarreia severa e frequentemente fatal em crianças – e é outra das doenças que atualmente pode ser facilmente evitada com uma vacina.
As vacinas ensinam o sistema imunológico a criar anticorpos que o protegem de doenças.
É muito mais seguro para o seu sistema imunológico aprender isso por meio da vacinação do que contraindo a doença e tratando-a. A partir do momento em que o seu sistema imunológico sabe como lutar contra uma doença, isso oferece uma proteção por muitos anos.
Por outro lado, as vacinas também beneficiam toda a comunidade através da chamada “imunidade de grupo”. Ou seja, se um número suficiente de pessoas de uma população for vacinado, torna-se mais difícil para o vírus encontrar um hospedeiro e, dessa forma, propagar a doença, por exemplo, àquelas pessoas que não podem tomar a vacina porque estão doentes ou com o seu sistema imunitário enfraquecido.
A pandemia de COVID-19 que o mundo enfrenta atualmente, causada pelo novo coronavírus (SARS-CoV-2), causou morbilidade e mortalidade significativas em todos os continentes, bem como importantes fatores sociais e educacionais e perturbações económicas. Há uma necessidade global urgente de desenvolver vacinas eficazes e seguras e torná-las disponíveis em escala e equitativamente em todos os países, sendo que no mundo inteiro as autoridades de saúde assumiram as vacinas como a forma mais rápida e mais eficaz para tentar conter esta pandemia de SARS-CoV-2 e os seus efeitos.
Existem atualmente várias vacinas seguras e eficazes que evitam que as pessoas fiquem gravemente doentes ou morram de COVID-19. Esta é uma parte da gestão da epidemia de COVID-19, para além das principais medidas preventivas como o distanciamento social, a etiqueta respiratória, a desinfeção e lavagem frequente das mãos, o uso de máscara em locais públicos, etc.
A OMS disponibiliza todo um conjunto de informação sobre as vacinas aprovadas contra a COVID-19 no seu website: https://www.who.int/emergencies/diseases/novel-coronavirus-2019/covid-19-vaccines/explainers
Embora nenhuma vacina proteja a 100% contra o vírus da COVID-19, todas as vacinas aprovadas fornecem um alto grau de proteção contra doença grave e morte por causa da doença.
De acordo com a OMS, as vacinas COVID-19 são seguras para a maioria das pessoas com 18 anos ou mais, incluindo aquelas com doenças pré-existentes de qualquer tipo, incluindo distúrbios autoimunes. Essas condições incluem: hipertensão, diabetes, asma, doenças pulmonares, hepáticas e renais, bem como infeções crónicas estáveis e controladas.
As crianças e adolescentes tendem a ter uma forma mais branda da doença em comparação com os adultos, portanto, a menos que façam parte de um grupo com maior risco de COVID-19 grave, é menos urgente vaciná-los do que as pessoas mais velhas, com condições crónicas de saúde e profissionais de saúde.
Também de acordo com os estudos e as indicações da OMS, são necessárias mais evidências sobre o uso das diferentes vacinas contra a COVID-19 em crianças para poder fazer recomendações gerais sobre a vacinação deste grupo etário contra a COVID-19.
O Grupo Consultivo Estratégico de Especialistas da OMS (SAGE) concluiu que a vacina Pfizer / BioNTech é adequada para uso por pessoas com 12 anos ou mais. Crianças com idade entre 12 e 15 anos que estão em alto risco podem receber esta vacina juntamente com outros grupos prioritários para vacinação. Os ensaios de vacinas para crianças estão em curso e a OMS atualizará as suas recomendações quando as evidências ou a situação epidemiológica justificar uma mudança na política.
Embora as vacinas contra a COVID-19 possam prevenir a forma grave da doença e morte, ainda não sabemos até que ponto ela impede que um indivíduo seja infetado e passe o vírus para outras pessoas. Quanto mais permitimos que o vírus se espalhe, mais oportunidades ele tem de sofrer mutações.
Por essa razão, mesmo depois de receber a vacina, continue a tomar medidas e cuidados para desacelerar e, eventualmente, interromper a propagação do vírus:
Estas medidas protegem-no a si e aos outros!
É importante a consulta de toda a informação possível sobre as vacinas, a sua eficácia e segurança e ainda sobre os novos estudos e atualizações que vão sendo realizados.
Se pretender saber mais sobre as recomendações provisórias da OMS para o uso das várias vacinas contra a COVID-19 com base nos relatórios emitidos pelo Grupo Consultivo Estratégico de Especialistas em Imunização (SAGE), pode consultá-las aqui:
Janssen/Johnson&Johnson
AstraZeneca/Oxford
Pfizer/BioNTech
Moderna
Sinovac/CoronaVac
Sinopharm
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(Chamada para rede fixa nacional)