Vamos combater a Pneumonia!

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A 12 de novembro celebra-se anualmente o Dia Mundial da Pneumonia, uma doença que consiste numa inflamação do pulmão, causada por bactérias ou vírus que se transmitem por contacto direto com as secreções respiratórias de uma pessoa infetada. A forma mais frequente de pneumonia é a provocada pela bactéria Streptococcus pneumoniae (vulgarmente conhecida como pneumococos), que tem mais de 90 subtipos.

Em Portugal, as pneumonias são a principal causa de internamento hospitalar, estimando-se que os gastos com a doença atinjam, por ano, cerca de 80 milhões de euros. As estatísticas relativas a 2019 indicam que foram registadas 4.700 mortes provocadas por pneumonia, o que equivale a 4,2% da mortalidade ocorrida nesse ano, tendo atingido de forma semelhante homens e mulheres. A pneumonia é a segunda causa de morte em Portugal, depois da doença cardíaca isquémica.

Os sintomas mais comuns da pneumonia, e ocorrendo geralmente de instalação rápida, são: febre, arrepios de frio, tosse, expetoração purulenta, dificuldade respiratória, dor torácica e dores musculares.

O diagnóstico clínico muitas vezes tem de ser complementado com análises sanguíneas, exame da expetoração e obrigatoriamente um Raio X do tórax (para a sua confirmação).

O tratamento desta doença passa pela administração de antibióticos, repouso e hidratação oral abundante. Há casos de pneumonia ao longo dos doze meses do ano, e em qualquer faixa etária, mas é nesta altura do ano (com os meses mais frios) e nos doentes dos extremos etários, que se evidencia o maior aumento de episódios, pelo que é fundamental que se aposte na prevenção.

A pneumonia pode ser evitada com medidas gerais, nomeadamente relativas à etiqueta respiratória (evitar tocar no rosto após tossir, por exemplo), lavar frequentemente as mãos e usar um desinfetante à base de álcool, considerar usar uma máscara e evitar multidões especialmente no outono/inverno, cessação dos eventuais hábitos tabágicos e tomar a vacina sazonal da gripe.

Existem também vacinas pneumocócicas aprovadas que permitem reduzir a carga de doença e que na população adulta estão genericamente recomendadas nas seguintes situações:

  • todos os adultos com idade igual ou superior a 65 anos;
  • adultos com idade ≥18 anos imunocomprometidos como, por exemplo, infeção pelo VIH, doença oncológica, síndrome de Down, todos aqueles que estão a fazer tratamentos com fármacos que diminuem a imunidade (corticoesteróides, quimioterapia, radioterapia ou fármacos biológicos);
  • e ainda os adultos com idade ≥18 anos imunocompetentes mas com fatores de risco acrescido para doença invasiva como, por exemplo, doentes com diabetes mellitus requerendo tratamento, pessoas com doença cardíaca crónica (insuficiência cardíaca crónica, doença cardíaca isquémica, hipertensão arterial), doença hepática crónica, insuficiência renal crónica, doença respiratória crónica (insuficiência respiratória crónica, DPOC, enfisema, asma, bronquiectasias, doenças do interstício pulmonar, fibrose quística).

Para alguns destes grupos de risco referidos a vacinação é mesmo gratuita de acordo com o definido pela Direção Geral da Saúde.

As vacinas pneumocócicas apresentam um bom perfil de segurança e tolerabilidade (sendo muito raros os efeitos laterais graves) e conferem uma imunidade robusta e duradoura. Em regra geral, podem ser administradas simultaneamente com outras vacinas, incluindo a vacina contra a gripe. Em relação às vacinas contra a COVID-19, deve ser respeitado um intervalo de, pelo menos, 14 dias.

A pneumonia é uma doença séria e potencialmente fatal se não identificada e tratada a tempo, pelo que é fundamental um diagnóstico precoce e consequente tratamento adequado.

A vacinação afigura-se como a principal forma de proteção das populações em risco contra a doença, permitindo reduzir a incidência das suas complicações, sequelas e impacte social e ainda pode contribuir para a redução da resistência aos antibióticos e consequentes ganhos em saúde.

Cabe-nos, enquanto profissionais de saúde, sensibilizar para a importância de prevenir, mais do que tratar, e, a si, procurar ajuda médica e vacinar-se!

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