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Durante o passado mês de março o Hospital de Santa Maria – Porto realizou um Rastreio de Audição para a população de todas as idades. O objetivo era avaliar a perda auditiva, através da realização de um audiograma, e a iniciativa incluía a oferta de uma prótese auditiva bilateral a um utente selecionado pela equipa médica.
No total, foram realizados 63 audiogramas tonais, a pessoas com idades compreendidas entre os 16 e os 83 anos. Dos rastreios realizados, seis pessoas foram encaminhadas para acompanhamento em otorrinolaringologia por queixas relacionadas com os ouvidos mas sem perda auditiva e 16 pessoas foram encaminhadas para reabilitação auditiva, sendo estes últimos os candidatos à receção das próteses auditivas oferecidas pelo hospital.
Com os resultados do audiograma, e após análise de todos estes 16 casos, a equipa multidisciplinar atribuiu o dispositivo à utente que melhor correspondia aos critérios de seleção – grau da perda auditiva, idade e implicações sociais. Trata-se de Isabel, uma jovem de 16 anos, que apresentava perda auditiva neurossensorial severa de grau II, bilateral, sem próteses auditivas, o que lhe causava uma elevada perda de qualidade de vida e isolamento social, incluindo dificuldades na aprendizagem e vida escolar.
“É um caso que suscitou a nossa atenção, desde logo pela idade da utente e pela gravidade da perda auditiva, mas também por ser uma jovem que não possuía qualquer tipo de apoio social e não estava a usar aparelho auditivo, o que lhe causava sérios constrangimentos ao nível do desenvolvimento da sua vida escolar e social”, explica o Dr. João Lino, médico otorrinolaringologista do Hospital de Santa Maria – Porto.
Foram escolhidas as próteses Oticon More 1 miniBTE e, dado que a utente se encontra em idade escolar, foi ainda oferecido um EduMic – um acessório que permite enviar aos aparelhos auditivos da paciente toda a informação sonora em contexto de aula, incluindo atividades multimédia, podendo assim a Isabel não voltar a perder qualquer informação dada pelos professores. O som chegará à Isabel programado de acordo com a perda auditiva da mesma, mesmo que os colegas e professores estejam mais distantes.
“Os resultados são percetíveis de imediato, vamos a acompanhar a evolução da Isabel e a sua adaptação aos aparelhos auditivos, mas estamos confiante de que os resultados serão extremamente positivos e que a Isabel irá poder experienciar todo um novo mundo e acesso a toda a realidade à sua volta tal como ela é”, acrescenta o Dr. João Lino.
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