O Sono e a Saúde

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A World Sleep Society criou o Dia Mundial do Sono, em 2008, instituindo a sexta-feira imediatamente antes do equinócio de março para este evento reconhecido internacionalmente para a consciencialização da saúde do sono entre investigadores, profissionais de saúde, doentes e o público em geral.

Este ano, o tema escolhido foi a “Equidade do Sono para a Saúde Global”, e procura elencar como é importante que todos possam ter condições para um sono saudável.

Estudos demonstram que o sono é essencial para a saúde e todos os indivíduos devem ter acesso a um sono adequado, independentemente da sua localização geográfica, status sócio-económico, condições ambientais, estruturas sociais, relações comunitárias e interpessoais e crenças e comportamentos individuais. As consequências das disparidades globais na saúde do sono são significativas, sendo que as desigualdades na saúde do sono apenas reforçam a marginalização das populações em todo o mundo.

São três as mensagens-chave para este ano:
  1. O sono é essencial para a saúde

O sono é um pilar crítico da saúde, como a nutrição e a atividade física. Uma má saúde do sono pode ter múltiplos impactos significativos na saúde humana (obesidade, diabetes, doença arterial coronária e mortalidade cardiovascular, comprometimento cognitivo, suscetibilidade a infeções, etc.)

  1. A saúde do sono é multidimensional

Um “sono saudável” significa mais do que simplesmente um “sono suficiente”. Existem seis dimensões que afetam a saúde do sono e, consequentemente, a saúde e o bem-estar em geral: duração, eficiência, timing, regularidade, alerta e qualidade.

  1. Necessidade de abordar as disparidades na saúde do sono a nível mundial

As “disparidades na saúde do sono” são definidas por diferenças persistentes numa ou mais das dimensões da saúde do sono que afetam negativamente uma população. As causas destas disparidades podem ser tanto sociais (por exemplo, stress psicológico, dificuldades financeiras, fome, guerras e ameaças à segurança), como ambientais (por exemplo, luz, temperatura, ruído, qualidade do ar).

É importante que as entidades responsáveis compreendam que a insónia – ou a falta de um sono reparador – tem um impacto socioeconómico. Compreender a carga social mais ampla dos distúrbios do sono, como a insónia, pode ajudar a aumentar a consciencialização sobre o valor na abordagem das disparidades do sono. Resultados recentes mostram que a insónia crónica está associada a uma redução da produtividade no local de trabalho (cerca de 50 dias por ano) e, consequentemente, a uma perda substancial do PIB anual a nível mundial (em mais de 400 biliões de dólares) a que se soma cerca de 240 biliões em custos ‘ocultos’ intangíveis.

Deixo alguns conselhos breves sobre como, em condições normais, combater a insónia e proporcionar um sono tranquilo:
  • Tente dormir pelo menos 7-8 horas por noite, idealmente num ambiente escuro, silencioso e confortável;
  • Evite o uso de dispositivos eletrónicos antes de dormir, pois a luz azul pode prejudicar a qualidade do sono;
  • Mantenha uma rotina de sono regular, indo para a cama e acordando ao mesmo tempo todos os dias;
  • Evite o consumo de álcool, cafeína e tabaco antes de dormir, pois eles podem prejudicar a qualidade do sono;
  • Faça atividades relaxantes antes de dormir, como tomar um banho quente ou ler um livro.

Não nos podemos esquecer de que os benefícios de uma boa noite de sono estendem-se tanto ao indivíduo como à sociedade!

Esta efeméride é, assim, uma oportunidade perfeita para combinar esforços para a consciencialização da importância do sono em ‘qualidade’ e ‘quantidade’. Só através do envolvimento da comunidade e dos seus agentes, é possível garantir o acesso equitativo a um sono saudável para todos.

 

Dr. José Carlos Carneiro

Pneumologista

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