O consumo excessivo de açúcares de adição é um dos principais fatores de risco para doenças crónicas não transmissíveis, como a obesidade, diabetes tipo 2 e patologias cardiovasculares. Em Portugal, estima-se que mais de metade da população adulta tenha excesso de peso, e os hábitos alimentares desempenham um papel central neste cenário. Um dos grandes desafios é a presença de “açúcares escondidos” nos alimentos industrializados, ou seja, ingredientes que passam despercebidos, mas que contribuem significativamente para a ingestão diária de açúcar.
Os “açúcares escondidos” são adicionados aos produtos alimentares durante o processamento, mas não aparecem explicitamente descritos no rótulo como “açúcar” Estes são utilizados para adoçar, melhorar o sabor e conservar, e estão presentes em alimentos tais como cereais de pequeno-almoço, pães embalados, iogurtes, bolachas, molhos, refeições pré-confecionadas e refrigerantes.
Os “açúcares escondidos” podem ser agrupados em quatro grandes categorias, cada uma com comportamentos metabólicos distintos:
A legislação europeia (Regulamento (UE) n.º 1169/2011) obriga à menção dos açúcares totais por 100g ou 100ml, mas não faz distinção entre açúcares naturalmente presentes e açúcares adicionados. Assim, é essencial ler a lista de ingredientes com atenção e reconhecer os nomes alternativos para açúcar.
Algumas estratégias para reduzir o consumo de produtos com elevado teor de açúcar (qualquer tipo):
Estes tipos de açúcar representam um risco silencioso para a saúde pública, mas evitável. A sua identificação e redução são fundamentais para promover escolhas alimentares conscientes e prevenir doenças crónicas.
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(Chamada para rede fixa nacional)