Parkinson: uma doença da velhice?

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A Doença de Parkinson é uma doença neurodegenerativa, rara no jovem, mas comum no idoso. Sabe-se que a sua prevalência aumenta com a idade (1-2% dos adultos com mais de 60 anos) e que a incidência tem vindo a aumentar. O envelhecimento progressivo da população mundial aumenta o impacto da Doença de Parkinson como problema de saúde pública.

diagnóstico da Doença de Parkinson depende quase exclusivamente do julgamento clínico de um neurologista experiente, idealmente um especialista em doenças do movimento. No entanto, tal diagnóstico clínico é difícil, muitas vezes incorrecto sobretudo nas fases iniciais da doença.

Classicamente, a marca neuropatológica da Doença de Parkinson são os corpos de Lewy (inclusões intracelular de agregados de proteínas a a-sinucleina) e a perda de neurónios dopaminérgicos na substância negra.

Durante décadas o diagnóstico foi baseado no reconhecimento de 4 sinais cardinais: tremor de repouso, rigidez, bradicinesia e instabilidade postural. Contudo, o ónus da doença é provavelmente muito maior, considerando a presença generalizada dos corpos de Lewy na DP e os múltiplos sintomas e sinais associados a esta síndrome. A definição tradicional do parkinsonismo é apenas a “ponta do iceberg ”do que a Doença de Parkinson realmente parece ser. Nos últimos anos, a atenção clínica e científica mudou para os sintomas não motores, que no passado, muitas vezes foram negligenciados. Hoje, sabe-se que os sintomas não motores podem surgir anos antes do início da doença motora (fase prodrómica) e inclui disfunção olfativa, distúrbios do sono e depressão.

A maior parte dos casos de Doença de Parkinson são esporádicos com causa desconhecida. Existem contudo, casos familiares autossómicos dominantes e recessivos.

As estratégias terapêuticas para o tratamento da “Doença de Parkinson inicial” centram-se na substituição de dopamina e visam corrigir os sintomas motores e os não motores evitando induzir complicações motoras. O tratamento crónico com pulsos de levodopa oral e a progressão da doença (com perda progressiva de terminais nigro-estriadas, redução da capacidade de armazenamento e de libertação de dopamina endógena) conduz a um progressivo encurtamento da duração do benefício da dose individual, com alterações no estado motor que se tornam dependentes da ingestão e da biodisponibilidade plasmática da levodopa. Os doentes começam a notar flutuações motoras (deterioração de fim de dose), perda de qualidade de vida e de independência funcional. Nesta fase, os sintomas motores tornam-se incapacitantes nas “fases Off” e as “fases On” podem ser complicadas pelas discinesias. A resposta de medicação torna-se, muitas vezes, imprevisível devido ao esvaziamento gástrico errático. Esta fase denominada como “Doença de Parkinson avançada” acompanha-se de um espectro de sintomas adicionais motores e não motores, incluindo instabilidade postural, freezing, quedasdistúrbio do sono, psicose, disfunção cognitiva e demência. As opções de tratamento tornam-se mais limitadas. O manejo de todas estas complicações é complexo, requerendo uma avaliação por um médico experiente para fornecer o melhor esquema de tratamento. As terapêuticas disponíveis incluem o manuseio da terapêutica oral disponível, da apomorfina e da cirurgia de estimulação cerebral profunda.

exercício físico é outro pilar da terapêutica, dando um importante contributo para a autonomia da vida diária. Não há exercício que seja claramente melhor que o outro. Apesar de o efeito do exercício ser mais óbvio nas fases iniciais da doença; o exercício melhora a marcha, a postura, o equilíbrio diminuindo as quedas na “Doença de Parkinson avançada”. Existe ainda um impacto positivo do exercício na aparência física, humor e nas interacções sociais.

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