Doenças da Mulher – a importância do rastreio e deteção precoce

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No mês dedicado em especial à Mulher, cabe-nos alertar para as doenças que mais afetam a população feminina e para as formas mais eficazes de diagnosticar e prevenir. Diagnosticar a doença no seu estadio inicial é muito importante, pelo que as mulheres devem estar atentas ao seu corpo e a todos os sintomas e dirigirem-se ao seu médico sempre que notem alguma alteração.

O que se pretende com o rastreio e diagnóstico precoce é descobrir o mais cedo possível as lesões pré-malignas ou malignas, de forma a permitir o maior sucesso no tratamento, diminuir a taxa de mortalidade e conceder a estes doentes uma ótima qualidade de vida.

Por este motivo existe uma obrigatoriedade permanente dos técnicos de saúde, de sensibilizar as populações, esclarecer, ensinar e introduzir o Rastreio na prática clínica.

Apenas o rastreio do Cancro do Colo do Útero, através da Colpocitologia de Papanicolau, se tornou efetivo na política de saúde de todo o mundo. A deteção precoce do Cancro da Mama, através da Mamografia, tem vindo a implementar-se, mas a irregularidade no cumprimento das regras da sua realização leva a que não existam ainda dados avaliáveis da sua efetividade em rastreio de massas e em Política de Saúde.

O conhecimento dos fatores de risco em relação aos Cancros da Vulva, Colo do Útero, Corpo do Útero (Endométrio) e Ovário, dos sinais e sintomas de alerta, dos meios de prevenção e diagnóstico precoce, são elementos que, associados ao comportamento e características pessoais, à história familiar, hábitos alimentares e à exposição a fatores cancerígenos, permitem esclarecer, educar e orientar as populações no sentido da prevenção.

Sabemos hoje, que o cancro é um dos principais problemas de saúde, tanto nos países desenvolvidos, como nos países em desenvolvimento, embora nestes últimos, muitas vezes suplantado pela gama enorme de doenças infeciosas e transmissíveis e à malária.

Segundo as estatísticas da Organização Mundial de Saúde são registados, por ano, em todo o mundo 10,9 milhões de novos casos de cancro (53% homens e 47% mulheres) e 6,7 milhões de mortes por cancro, dos quais 3,0 milhões de novos casos e 2,3 milhões de mortes, nos países em desenvolvimento. As previsões da Organização Mundial de Saúde para 2050 são de 27 milhões de novos casos e de 17,5 milhões de mortes. Em Portugal o cancro passa de responsável por 5% das mortes em 1950 para 22% em 2015.

Se globalmente o número de casos de cancro de mortes por esta doença são mais ou menos idênticos no homem e na mulher, constata-se uma diferença marcada, no tipo de tumor e na idade em que ele se manifesta. Nos homens, os cancros mais frequentes são os da Próstata, Pulmão e Colorectal.

A causa mais frequente de morte das mulheres dos 35 aos 75 anos, nos Estados Unidos da América e nos países industrializados da Europa, é o cancro e nomeadamente o cancro da Mama, Pulmão e Colorectal, enquanto nos países sub-desenvolvidos de África, América Central, Índia e o resto da Ásia, é o Cancro do Colo do Útero, Estômago e Fígado.

Por outro lado, podemos ainda ter uma noção da ameaça que o cancro representa para a saúde, em termos de anos de vida, potencialmente perdida, se constatarmos que na região europeia da Organização Mundial de Saúde é o cancro que faz perder mais anos de vida às mulheres de 1 a 64 anos – 30,8%.

A nível mundial, o cancro mais frequente na mulher são os da Mama e do Pulmão, seguido do cancro do Colo do Útero, que nos países subdesenvolvidos ocupa o primeiro lugar.

Os custos diretos e indiretos são cada vez mais elevados, havendo a certeza de que nas próximas décadas o cancro será o principal problema de saúde pública.

Entre nós ainda é o cancro da Mama na mulher que tem a maior taxa de incidência e mortalidade, representando em 2015 respetivamente 51,2 e 30,5 por 100.000 habitantes.

Estes factos e estes números impuseram a incentivação de estratégias eficazes de luta contra o cancro: o desenvolvimento de medidas preventivas, como a luta antitabágica e o implementar dos programas bem conhecidos de diagnóstico precoce.

Sem dúvida que a caminhada é ainda muito longa. É a prevenção primária, aquela à escala mundial que oferece mais potencialidades para reduzir a mortalidade por cancro. Por cada indivíduo que se preserva de ter um cancro, não só se evita sofrimento, como também, a degradação familiar, a diminuição de produtividade, os grandes custos do diagnóstico e do tratamento e dos cuidados terminais.

 

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